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Tenho pena

por lady_m, em 23.01.15

Tenho pena das crianças que aguardam por uma familia.

Tenho pena das familias que as querem adotar. 

Tenho pena que quem nos governa não perceba que isto não é, não pode ser, uma questão politica.

Tenho pena que ainda não tenham entendido que o conceito de familia há muito que não é assim tão limitado.

Tenho pena que o perconceito continue a imperar e que não entendam que o amor, é amor, venha lá de onde vier.

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publicado às 09:10


6 comentários

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SR a 23.01.2015

Olá,
Eu não sou contra a adopção plena por parte de casais homossexuais, mas a questão dos meninos que aguardam por uns pais é uma falsa questão, porque a maioria das crianças que estão institucionalizadas não estão há espera para serem adoptadas.
Enquanto que a lista de espera para ter um filho é de mais de 3 anos (eu estou em lista de espera há 3,5 anos) e não espero um bebé, nós queremos uma criança até aos 7 anos e quanto ao sexo, cor e raça é-nos indiferente (estas são questões que nos são colocadas para sermos considerados aptos para adoptar).
Depois também há a questão dos nossos "santos" juízes que continuam a dar prioridade às famílias biológicas, mesmo quando estas não têm as mínimas condições para cuidar de uma criança, e não falo de dinheiro, porque o ter dinheiro não significa que se tem condições para tal.
Para terminar, que o testamento já vai longo, concordo que duas mães ou dois pais é melhor que nenhum.
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lady_m a 23.01.2015

Sim, eu sei que os meandros da adoção em Portugal são complicados, muito complicados. Isso é outra guerra, e estes tempos de espera fazem com crianças passem anos demais em instituições, anos em que poderiam ser felizes no seio de uma família.

Mas aqui no caso da co-adoção consegue ser mais cruel. Uma criança já adotada por um individuo não pode ser depois co-adotado pelo seu companheiro/a (sendo do mesmo sexo). Quando o/a adotante falece que direito tem o seu companheiro/a sobre esta criança?
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SR a 23.01.2015

Sim, é verdade. Nós temos um país que na maioria dos casos somos os primeiros em termos de legislação, mas depois os legisladores esquecem que com as suas omissões e "teimosias", estão a por em causa vidas de pessoas.
Também não consigo perceber porque cargas de água um casal "hetero" pode adotar em pleno e um casal "homo" não pode, quando na prática existem tantos casais nesta situação.
Mas, se calhar sou eu que sou muito parva e também não será para compreendermos.
Provavelmente os nossos governantes pensam que temos portugueses de primeira e de segunda, uns podem e outros não.
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Mirone a 23.01.2015

A questão de estabelecer o estatuto de adoptável é tremendamente complexa e por muitas voltas que se dê à lei, surgirão outras tantas para a contornar.
Agora, depois de atribuído esse estatuto a uma criança, não consigo perceber porque o há-de ter apenas para casais hetero ou para adopções singulares e não para adopções por casais homossexuais.
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lady_m a 23.01.2015

É que eu nem consigo entender quais as razões para isto. Os fundamentalistas dizem que uma criança precisa de um pai e de uma mãe.... mentira.... uma criança precisa de um lar, amor, educação, comida e cama. Por essa ordem de ideias qualquer mãe solteira, ou viúva, tinha que entregar os filhos para adoção???
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Mirone a 23.01.2015

Artigo 13.º
Princípio da igualdade

1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

De que adianta termos uma constituição toda "bonitinha" e cheia de direitos fundamentais se depois não lhe damos cumprimento?


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